Segundo o IBGE, o Brasil tem 11,3 milhões de analfabetos, uma taxa de 6,8% de pessoas acima dos 15 anos que não sabem ler ou escrever.
O país reduziu a analfabetização, mas não na velocidade esperada: ainda não alcançou a meta do Plano Nacional de Educação para 2015, que era baixar o índice para 6,5%, a fim de erradicar o analfabetismo até 2024.
Outra triste constatação: Três entre cada dez brasileiros têm limitação para ler, interpretar textos, identificar ironia e fazer operações matemáticas em situações da vida cotidiana – e, por isso, são considerados analfabetos funcionais. Em 2018, eles ainda representavam 29% da população entre 15 e 64 anos, mas o grupo já foi bem maior: em 2001, chegou a 39%, de acordo com o levantamento do Inaf (Indicador de Analfabetismo Funcional), medido pelo Instituto Paulo Montenegro.
E aí vem o ponto máximo da preocupação com nossa população; Estamos com ou sem alfabetização, dependentes e mergulhados de corpo e alma no mundo digitalizado. Mundo este, onde quase nada se faz, sem dominar a tecnologia da internet, quase tão rápida quanto a velocidade do som em suas inovações.
Existe uma lacuna abissal entre as habilidades digitais no Brasil e as reais condições de saber lidar com toda essa parafernália e turbilhão de informações com a qual lidamos a todo segundo. Para que o Brasil de fato avance, ou no mínimo acompanhe esse desenvolvimento global, é necessário que todos os cidadãos entendam os rudimentos por trás de conhecimentos de informática, afirmam os especialistas.
Estamos diante da quarta revolução, dessa vez, a digital, e as pessoas precisarão melhorar, aprenderem novas habilidades e reaprenderem a se tornarem mais relevantes com o futuro do trabalho, ou ficaremos à margem do progresso, e sujeitos a nos tornar-mos mão de obra (fisica) barata para outros povos de vanguarda.
A alfabetização básica em informática no caso do Brasil, deve o dar o primeiro passo para fechar a enorme lacuna de habilidades digitais no setor.
“Precisamos voltar ao básico e disponibilizar a educação digital em todos os aspectos” embora estejamos atrasados na educação formal, a vantagem, é que poderemos corrigir os dois erros de uma só vez, caso tenhamos uma planejamento estratégico que alinhe as duas carências e as trabalhemos em conjunto.
O governo e instituições não devem simplesmente esperarem que os indivíduos vão até lá, adquiram seus aparelhos e aprendam por si mesmos, sem que esse “aprendizado” passe por um crivo técnico, acompanhamento didático e seja acrescentado de fato no currículo formal.
Não é dificil percebermos o quão desesperador tem sido para os usuários capacitados dessas tecnologia, se depararem com o mal uso da mesma nas mãos de nossos jovens e adultos, que não somente desconhecem a maneira de operar seus dispositivos, não explorando todos os milhares de recursos que ele oferece, como não dominarem o vocabulário formal, que deveria ser básico em pleno século XXI.
Caso não consigamos oferecer habilidades digitais e soft skills necessárias para o futuro do trabalho, ou sequer ativarmos as mentes de nossos jovens no uso dos recursos tecnológicos, perderemos gerações e gerações inteiras de nosso maior bem, os próprios ‘jovens’, que fatalmente serão as maiores vitimas do desemprego em um futuroa em que sabemos ser certo o protagonismo da inteligência artificial.
Urge a necessidade de todos os setores, inclusive familias, se prepararem e não esperarem que somente o governo diminua a lacuna de habilidades digitais, mas abraçar prontamente todas as oportunidades de acesso a essas ferramentas, levando nossa juventude a evoluir junto.
Os povos de outros países, já se despertaram, e estão voltando seus esforços para que haja conscientização por parte de todos, especialmente do governo; para garantir que todas as áreas de seus países sejam capacitadas com habilidades digitais básicas. E com o Brasil não pode ser diferente.