Índice acumula alta de 3,44% nos últimos 12 meses; seis das oito classes de despesas componentes do indicador registraram alta
Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 03/05/23
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da quarta quadrissemana de abril subiu 0,50% e acumula alta de 3,44% nos últimos 12 meses. Das oito classes de despesas que compõem o índice, seis tiveram acréscimo em suas taxas de variação no período.
O economista e pesquisador da Unicamp Felipe Queiroz fala explica como esse índice interfere no setor de comércio e serviços e quais as expectativas para os próximos meses. “Essa aceleração é normal, decorre de alguns reajustes que ocorrem no setor, porém ainda não notamos algo que venha a impactar de modo significativo. Ou seja, a inflação está em níveis moderados: 3,44% não é algo para tanto no acumulado em 12 meses. Com isso a nossa expectativa é que, nas próximas quadrissemanas, a depender da conjuntura econômica, possa haver ainda uma aceleração moderada”.
A maior contribuição para o resultado do IPC-S partiu do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, cuja taxa de variação passou de 0,91%, na terceira quadrissemana de abril de 2023 para 1,51% na quarta quadrissemana de abril de 2023. Também tiveram alta os grupos Alimentação, Educação, Leitura e Recreação, Comunicação, Vestuário e Despesas Diversas. Já Transportes e Habitação tiveram recuo em suas taxas, com destaque para os itens gasolina (1,84% para 0,38%) e tarifa de eletricidade residencial (1,05% para 0,30%).
O economista Carlos Eduardo Oliveira Júnior, do Conselho Regional de Economia de São Paulo, avalia o índice: “O que a gente pode analisar é que alguns setores, principalmente o setor de serviços, ainda segue com uma inflação acima da meta e isso acaba impactando no geral. A inflação de serviços, sem dúvida alguma, é o grande gargalo que nós temos hoje”, explicou.
A próxima apuração do IPC-S, com dados coletados até o dia 07 de maio, será divulgada no dia 8 (segunda-feira). O indicador integra o sistema de índices de preços ao consumidor do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas.
Fonte: Brasil 61