O senhor até então, identificado como Alberto Jorge Ferreira Mateus, porteiro do condomínio de Jair Bolsonaro, agora também responde a inquerito, por questões relacionadas ao caso Marielle Franco.
“Ele vive acuado e com medo e evita a todo custo a falar sobre o assunto “, segundo familiares ouvidos pela reportagem da Revista Veja.
“Eu não estou podendo falar nada. Não posso falar nada”, disse o porteiro do condomínio Vivendas da Barra.
A revista afirma que ele mora na Comunidade Gardênia Azul, bairro dominada por milícias na Zona Oeste do Rio de Janeiro. “Não sei se alguém importante mandou ele não falar. Mas agora, o que acontece é que quando alguma pessoa chega perto e toca no assunto, o Alberto foge”, afirmou o cunhado do porteiro.
“Ele é uma pessoa do bem, nunca se meteu com coisa errada. Ele ficou desempregado por muito tempo, até que conseguiu esse serviço no condomínio. Agora está com muito medo de perder o emprego até mesmo a vida”, afirmou outro parente, que não quis se identificar.
O Jornal Nacional, em uma de suas edições do fim de outubro, noticiou que registros do condomínio Vivendas da Barra deram conta de que um dos suspeitos do assassinato, o ex-policial militar Élcio Queiroz, esteve horas antes das execuçõs residência na de Ronnie Lessa, suspeito de ser o executor da ação, que mora no local, e que reside no mesmo condomínio que o então Dep. federal Jair Bolsonaro residia.
Em depoimento, Alberto informou que Queiroz solicitou acesso dizendo que iria não à casa de Lessa, mas à de número 58, que é a residência de Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro. Em seu depoimento, o porteiro afirmou ter interfonado para a casa do então deputado federal e que o “seu Jair” havia autorizado a entrada do visitante.
No entanto, registros de presença da Câmara dos Deputados demonstram que naquele mesmo dia o então deputado federal estava em Brasília.
Para o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o porteiro mentiu sobre a ligação para a casa da família do presidente, e agora suas afirmações viraram alvo de inquerito da polícia federal.