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O argentino Javier Milei diz que vai romper relações com Venezuela, Brasil e China: “Não faço pactos com comunistas

O candidato à presidência da Argentina, Javier Milei, deixou claro que sua prioridade serão os vínculos “com as democracias do mundo”. Estados Unidos e Israel são de suas preferências.

Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 19/08/23

Javier Milei, o candidato presidencial da Argentina, anunciou que se chegar ao governo não fará “pactos com os comunistas” em relação direta com a ideia de cortar relações com as administrações da China e do Brasil. Além disso, foi contundente ao mencionar que esses países “serão parceiros comerciais do setor privado”.

As expressões de Milei criam uma situação complexa para a Argentina, já que o atual mandato liderado por Alberto Fernández assinou em março de 2022 a adesão ao acordo Belt and Road, uma estratégia chinesa para expandir projetos de energia e fundos para obras de infraestrutura. A nação asiática acaba de autorizar o uso de fundos de swap em yuans para pagar os vencimentos da Argentina junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Não promoveria relações com os comunistas, nem com a Venezuela, nem com Cuba, nem com a Nicarágua, nem com a China”, acrescentou o candidato libertário, que costuma criticar os países em questão e deixou claro que sua prioridade serão os laços “com as democracias do mundo”, com Estados Unidos e Israel à frente de suas preferências.

A resposta de Pequim foi rápida. O Ministério das Relações Exteriores da China emitiu um comunicado no qual instou a convidá-lo a visitar o país asiático para que “chegue a conclusões muito diferentes sobre a questão da liberdade e segurança do povo chinês”.

Da mesma forma, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, indicou em entrevista coletiva que seria positivo que Milei visitasse a China para saber realmente o que está acontecendo, quando questionado sobre as declarações do candidato argentino.

“Se o Sr. Milei visitar a China e experimentar por si mesmo, é provável que ele chegue a conclusões muito diferentes sobre a questão da liberdade e segurança do povo chinês”, disse o funcionário.

Ao mesmo tempo, em tom de notável confronto com Milei, acrescentou: “A liberdade é um importante conteúdo dos valores compartilhados por toda a humanidade e dos valores fundamentais do socialismo. A China é um estado de direito e a liberdade pessoal dos cidadãos chineses é protegida pela Constituição e é inviolável.”

A Republica

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