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Com viés ideológico e ataques ao Agro, Enem vira ferramenta politizada e acende alerta de especialistas

Esta edição do Enem foi a primeira sob o Governo de Lula

Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 08/11/23

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023, realizado no último fim de semana, incluiu questões elogiando o escritor Paulo Freire, atacando o agronegócio e abordando o capitalismo de forma parcial.

Esta edição do Enem foi a primeira sob o Governo de Lula.

Uma das questões apresentou dois trechos de artigos elogiosos a Paulo Freire. O segundo trecho afirmava que Freire “construiu uma pedagogia da esperança” e destacava a importância de os educandos tomarem consciência de sua realidade para transformá-la.

A alternativa correta para o conceito de “ética pedagógica” foi identificada como “participação sociopolítica”.

Outra questão destacou o “avanço da soja” na Amazônia, apontando-a como responsável pelo desmatamento na região e atribuindo essa situação a “grileiros, madeireiros e pecuaristas”. De acordo com o gabarito extraoficial divulgado pelo MEC, a resposta que melhor explica o problema é a apropriação de terras devolutas por esses agentes.

E, ainda, outra questão afirmou que, “no Cerrado, o conhecimento local está sendo cada vez mais subordinado à lógica do agronegócio”. O texto prosseguiu dizendo que, por um lado, o capital impõe conhecimentos biotecnológicos e novas tecnologias, enquanto, por outro, o modelo capitalista subordina as pessoas à lógica de mercado.

Essa “lógica do agro” foi associada a consequências negativas, como a “pragatização” de seres humanos e não humanos, violência simbólica, superexploração, chuvas de veneno e violência contra as pessoas. A resposta correta para a “territorialização da produção” é descrita como “cerco aos camponeses, inviabilizando a manutenção das condições para a vida”.

Outras questões ainda atacam o capitalismo na prova, abordam os cenários de aquecimento global e ainda mencionam um artigo da revista esquerdista “Carta Capital” que trata do “racismo estrutural” no Brasil.

Fonte: O Republicano

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