Quero sua mão, atrevida…
Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 02/12/23
Ousadia
Quero sua mão, atrevida
deslizando pelo meu corpo
vasculhando minha intimidade
provocando meus gemidos
Quero você, ousado
cínicamente me amando
num entregar sem pudor
Quero ser a presa em teus braços
debater nesta cela que me prende
feito um inseto na teia da aranha
Quero todo o desejo
transbordando pela pele
e o corpo em brasas
queimando aos poucos
Quero o amanhecer exausto
da cavalgada contínua
pelas horas prolongadas
no esquecer pela cama
Lin Quintino
Lin Quintino – Mineira de Bom Despacho, escritora, poeta, professora e psicóloga. Academia das quais faz parte: Academia Mineira de Belas Artes – AMBA / ANLPPB- cadeira 99, / ALPAS 21, sócia fundadora, cadeira 16; / ALTO; / ALMAS; / ARTPOP; / Academia de Letras Y Artes Valparaíso (chile); / Núcleo de Letras Y Artes de Buenos Aires; / ACML, cadeira 61 Membro da OPB e da Associação Poemas à Flor da Pele. Autora dos livros de poemas Entrepalavras e A Cor da Minha Escrita. Comendas: destaque literário da ALPAS-21, / Ubiratan Castro em 2015 pela ABRASA / Certificado pela ALAF de Destaque Literário em 2014 7 Troféu destaque Mulheres Notáveis – Cecília Meireles- Itabira/MG, 2014 Participou de várias coletâneas e antologias nacionais e internacionais.
As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do Jornal Clarín Brasil – JCB News, sendo elas de inteira responsabilidade e posicionamento dos autores”
Esse poema é atrevidamente gostoso de ler. Lin Quintino sabe brincar com as palavras de uma maneira que transcende a ousadia, criando uma dança poética que envolve os sentidos. A forma como ela descreve a entrega sem pudor e a intensidade dos desejos é como uma experiência sensorial. Cada verso é uma provocação que nos faz sentir a paixão, a urgência, e até mesmo a prisão suave nos braços do desejo. Lin Quintino captura não apenas a física do amor, mas também a emoção crua que pulsa em cada linha. Uma verdadeira maestria poética que nos convida a perdermo-nos nas delícias ousadas da linguagem.