Por Jornal Clarin Brasil – 21/11/2019 – 14h38min
O Aliança pelo Brasil, novo partido de Jair Bolsonaro (PSL), foi lançado oficialmente nesta quinta-feira (21), sob o mesmo confuso discurso de respeito a Deus e na insistente oposição a movimentos de esquerda. Estiveram presentes no evento, o presidente da república Jair Bolsonaro, além do Sen. Flávio (PSL-RJ) e do Dep. Federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Ainda foi anunciado na convenção que Jair Bolsonaro fora escolhido como o presidente da Aliança, tendo o filho mais velho, o Sen. Flávio Bolsonaro como seu vice.
De acordo com os membros da futura legenda, os filiados não podem ser condenados em segundo grau de jurisdição pela prática de crimes hediondos, equiparados, violência contra a mulher e corrupção e afins.
A 1ª Convenção do novo partido, aconteceu em um auditório lotado de um hotel de luxo de Brasília, a advogada Karina Kufa fez a leitura dos princípios do partido. “O povo deu norte da nova representação política. Em 2019, novo passo precisa ser dado. Criar partido que dê voz ao povo brasileiro”, bradou.
A advogada salientou que o partido é conservador, e tem compromisso com a ordem e liberdade, de ideologia soberanista e de oposição às “falsas promessas do globalismo”.
O programa tem os seguintes princípios:
- Respeito a Deus e à religião;
- Respeito à memória e à cultura do povo brasileiro;
- Defesa da vida;
- Garantia de ordem e da segurança.
O partido “reconhece o lugar de Deus na vida, na história e na alma do povo brasileiro”, defesa da posse de armas e “se esforçará para divulgar verdades sobre crimes do movimento revolucionário, como comunismo, globalismo e nazifascismo” – Disse a advogada . Ainda segundo a mesma, o partido estabelecerá relações com siglas e entidades de países que “venceram o comunismo”, como os do Leste Europeu.
“O Aliança pelo Brasil repudia o socialismo e o comunismo”. A frase dita por Karina Kufa foi bastante aplaudida pelos presentes. A plateia alvoraçada começou a gritar o já conhecido e não muito compreendido grito de guerra: “A nossa bandeira jamais será vermelha”.
Com pretensões de participar das eleições municipais de 2020, Jair Bolsonaro pretende oficializar o partido por meio da coleta de assinaturas digitais, afirmando que, se não for possível a coleta eletrônica, a legenda ficará de fora da disputa no ano que vem. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidirá na próxima terça (26) se a Justiça aceitará ou não, assinaturas eletrônicas para a formação desse “novo” partido político.