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“Voz e Verso de Uma Mulher e a Resiliência Pós-Reforma da Previdência” – Por Paulo Siuves

É com imensa honra que lhes apresento o poema visceral e poético da renomada escritora Dalva Silveira, intitulado “Mulher com mais de 60 e sem previdência”.

“Voz e Verso de Uma Mulher e a Resiliência Pós-Reforma da Previdência” – Por Paulo Siuves

Olá, pessoal! Sou José Paulo Siuves, mais conhecido como Paulo Siuves, uma figura destacada como escritor, músico e Embaixador da Paz, dedicando-me fervorosamente à defesa dos Direitos das Mulheres. Minha jornada é marcada por conquistas significativas, entre as quais destaco com gratidão o reconhecimento como “Embaixador da Paz e Defensor dos Direitos das Mulheres” pelo Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires em 2018. Em maio de 2021, celebrei a conclusão bem-sucedida do “Curso de Formação em Direitos Humanos: Direitos das Mulheres”, uma iniciativa valiosa promovida pela Sedese-MG, por meio do Programa Escola de Formação em Direitos Humanos (EFDH). Paralelamente, tenho desempenhado um papel ativo na promoção e apoio a talentosas escritoras.

É com imensa honra que lhes apresento o poema visceral e poético da renomada escritora Dalva Silveira, intitulado “Mulher com mais de 60 e sem previdência”. Este poema foi escrito durante o período da Reforma da Previdência no Brasil, implementada em 2019, cujas alterações reverberaram intensamente no sistema previdenciário do país. Essas mudanças tiveram um impacto significativo na vida das mulheres, especialmente naquelas que passaram dos 60 anos. O poema de Dalva Silveira, sensível às nuances e desafios enfrentados por essa parcela da sociedade, transcende as palavras, tornando-se um testemunho vívido das transformações e complexidades desencadeadas por esse momento histórico.

Mulher Com Mais de 60 E Sem Previdência: Uma Análise Poética

O poema de Dalva Silveira é uma obra que transcende as palavras, mergulhando nas profundezas da experiência feminina diante das adversidades da Reforma da Previdência. A cadência rítmica dos versos ressoa como um lamento, expressando as dores físicas e emocionais das mulheres enfrentadas por mulheres diante de políticas insensíveis.

A metáfora da recusa de flores no oito de março, data simbólica da luta das mulheres, revela uma resistência firme, enquanto a ausência de laços na passagem da protagonista destaca a solidão imposta por decisões políticas. A repetição da palavra “trauma” reverbera não apenas como uma consequência pessoal, mas como um eco das cicatrizes deixadas nas vidas de inúmeras mulheres.

A riqueza poética intensifica-se com a abordagem das dores do parto, do quarto, do preconceito e dos desacertos, pintando um quadro vívido da complexidade da existência feminina. As metáforas da menopausa sem pausa e da escravidão sublinham a continuidade das lutas, enquanto a indagação sobre a vida após os sessenta anos ecoa como um desafio provocador.

Ao negar flores no funeral, a autora lança um desafio direto, desmascarando a frieza por trás de discursos ensaiados. A maestria poética de Dalva Silveira, aliada à sua formação acadêmica em História e Ciências Sociais, confere não apenas emotividade, mas também uma profundidade crítica à sua obra.

Em síntese, “Mulher com mais de 60 e sem previdência” é uma expressão poética que transcende o papel, sendo um manifesto de resistência, uma denúncia social e um tributo à força e resiliência das mulheres em face das injustiças políticas. A poesia de Dalva Silveira não apenas nos toca, mas nos desafia a refletir e agir diante das realidades que ela tão vividamente retrata.

Mulher com mais de 60 e sem previdência

Político que votou sim
Na Reforma da Previdência
Não me envie flores ou mensagem
No oito de março
Não existe laço!
Na minha passagem, só cansaço!
Tenha paciência, isso foi meu fim!
Trauma!

Você tem ciência da vida,
Da alma, do ciclo, do corpo da mulher?
São tantas dores
Do parto, do quarto,
Do preconceito, dos desacertos
Do quase infarto
E agora da escravidão!
Você não tem coração!

De fato, sei que na menopausa
Não haverá pausa
Pois, seu voto frio, caro e sem vivência apontou:
A idade para aposentar é sessenta e dois
Haverá vida depois?
Então, não me envie flores no meu funeral
Pois atrás do seu discurso ensaiado
Só existe o mal!

Dalva Silveira – Graduada em História. Mestre e doutora em Ciências Sociais. Professora, escritora e poetisa.

Paulo Siuves nasceu em julho de 1971 na cidade de Contagem, Minas Gerais, e é bacharel em Letras pela UFMG. Além disso, ele é autor de dois livros e organizador de coletâneas. Atua como servidor público municipal e faz parte da Banda de Música da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte. Paulo Siuves é colunista nos jornais; Jornal Clarin Brasil e Cultural Rol. Ele possui um Ph.I. em Filosofia Universal e um Dr.H.C. em literatura. Paulo Siuves é ex-presidente e membro fundador da Academia Mineira de Belas Artes (AMBA) e também é membro da Academia de Letras do Brasil nas seccionais Suíça, Minas Gerais (RMBH) e Campos dos Goytacazes/RJ, além de pertencer a muitas outras academias.

As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do Jornal Clarín Brasil – JCB News, sendo elas de inteira responsabilidade e posicionamento dos autores”

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