Por Jornal Clarin Brasil – Belo Horizonte 29/11/2019 – 15h51min
Leonardo DiCaprio, anunciou em agosto último que a fundação, fundada por ele, a Earth Alliance, doaria US$ 5 milhões a um fundo emergencial e que destinaria o montante para ajudar entidades brasileiras no combate à série de queimadas.
Baseado nessas informações, durante conversa com um grupo de eleitores na entrada do Palácio do Alvorada, o presidente fez a acusação, segundo dentre as quais, afirmando que os incêndios recentes no Pará tiveram motivação criminosa.
“Agora, o Leonardo DiCaprio é um cara legal, não é?” Indagou Bolsonaro. “Dando dinheiro para tacar fogo na Amazônia “- Concluindo.
Na última quinta-feira (28), o filho de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também acusou o ator norte-americano de financiar uma ONG (Organização Não Governamental) que segundo ele “tocou fogo na Amazônia”. Apesar das acusações, não há comprovação de que as entidades da sociedade civil tenham envolvimento na série de incêndios que alarmaram o mundo na ocasião.
Na mesma quinta (28), quatro brigadistas foram soltos, após serem presos no balneário de Alter do Chão, na cidade Santarém, há 1.231km da capital Belém. Eles foram detidos no âmbito da operação Fogo do Sairé, da Polícia Civil do Pará, que investiga a origem dos incêndios que atingiram uma área de proteção ambiental em Alter do Chão em setembro deste ano.
O Ministério Público Federal do Pará afirma que enviou ofício à Polícia Civil requisitando acesso integral ao inquérito que acusa os brigadistas. Na investigação federal, nenhum elemento apontava para a participação de brigadistas ou organizações da sociedade civil. Conclusão esta que ensejou na ordem de soltura dos acusados.
O fogo em Alter do Chão consumiu uma área equivalente a 1,6 mil campos de futebol e levou quatro dias para ser debelado por brigadistas e bombeiros que atuaram na região.