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Operação Jardim Alvorada: quatro são presos em ação conjunta

A investigação sobre o chamado “tribunal do crime” que se instalou entre os bairros Nacional (Contagem) e Jardim Alvorada (Ribeirão das Neves) teve início em agosto de 2024

Em desdobramento às investigações de um caso de tortura no bairro Jardim Alvorada, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em conjunto com a Polícia Militar (PMMG), desencadeou a operação Alvorada, na última quinta-feira (7/11). Conforme apresentado à imprensa hoje (11/11), a ação resultou em quatro prisões e na apreensão de armas e diversos materiais ilícitos.

Tribunal do crime

A investigação sobre o chamado “tribunal do crime” que se instalou entre os bairros Nacional (Contagem) e Jardim Alvorada (Ribeirão das Neves) teve início em agosto de 2024, quando a polícia passou a apurar as disputas entre dois grupos criminosos que se enfrentam pela hegemonia no tráfico de drogas na divisa entre os municípios.

“O conflito, que já vinha afetando a segurança na região do bairro Jardim Alvorada, ganhou contornos mais violentos com a intensificação dos ataques e trocas de tiros durante o dia, trazendo pânico para a população local”, destacou o delegado Alex Dalton de Souza.

De acordo com as investigações, integrantes do grupo atuante em Ribeirão das Neves teria abordado um morador do Jardim Alvorada, praticando tortura contra ele em represália a supostos crimes contra o patrimônio que ele teria cometido na região.

O ataque foi gravado, e as imagens recuperadas pela Polícia Civil mostram a vítima sendo brutalmente espancada com pauladas, socos e chutes. “A motivação, conforme revelou um dos investigados presos na operação, seria um ‘castigo corretivo’, dada a suspeita de que a vítima estaria prejudicando a organização criminosa com suas ações”, revelou o delegado.

Ataques

Os levantamentos policiais demonstraram que os suspeitos do bairro Nacional, em Contagem, monitoravam seus adversários usando drones, uma tática de vigilância que visava facilitar ataques futuros contra os rivais.

“Esse comportamento de monitoramento aéreo demonstra a crescente sofisticação das ações dos grupos, que buscam garantir o controle do tráfico na região, intensificando a violência e o medo nas comunidades envolvidas”, afirmou Alex Dalton.

Apreensões

A PCMG recolheu diversos materiais ilícitos, incluindo armas, drogas e equipamentos usados para a logística do crime. “Esses materiais não só ajudam a elucidar as disputas entre as facções, mas também abrem caminho para o aprofundamento de investigações sobre homicídios e outras ocorrências violentas associadas a esses grupos criminosos”, pontuou o delegado.

Foram apreendidas uma pistola de calibre 9mm, uma espingarda de calibre 12, duas pistolas de calibre .40 e um revólver de calibre 38. Além disso, foram encontrados 54 pedras de crack, uma porção de cocaína, 112 pinos e 105 papelotes de cocaína, 262 buchas de maconha, 90 porções e seis barras de maconha, além de um vasto material para embalagem de drogas.

No curso da operação ainda foram recolhidos mais de R$ 4 mil em dinheiro, 65 munições de diferentes calibres, uma arma de choque, um municiador de calibres 9mm e .40, três carregadores, cinco coldres, quatro miras a laser, um drone, um radiocomunicador, um aparelho DVR, um notebook, sete celulares e quatro toucas ninja. Houve também a apreensão de dois veículos.

As investigações continuam para desarticulação das organizações criminosas.

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