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Principal diplomata da UE pede suspensão do diálogo com Israel – mídia

O chefe da política externa do bloco citou violações dos direitos humanos em Gaza como a razão, dizem os relatórios

Israel desconsiderou as preocupações da UE sobre possíveis violações de direitos humanos cometidas pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) em Gaza, disse o chefe de política externa do bloco, Josep Borrell, em uma carta aos ministros das Relações Exteriores da UE, de acordo com vários relatos da mídia.

O principal diplomata da UE sugeriu suspender os laços políticos para enviar um “forte sinal” a Jerusalém Ocidental para que preste atenção às preocupações sobre as ações das IDF, relataram a Reuters e vários outros meios de comunicação, citando fontes diplomáticas e a carta que obtiveram.

Israel lançou uma grande campanha militar contra o grupo militante Hamas, sediado em Gaza, depois que ele fez uma incursão surpresa na parte sul do estado judeu em 7 de outubro de 2023. A operação da IDF ceifou mais de 40.000 vidas e feriu mais de 92.401 outras, de acordo com as autoridades de saúde palestinas. De acordo com o Escritório de Direitos Humanos da ONU, quase 70% dos mortos em Gaza até agora foram mulheres e crianças.

Na carta, Borrell teria citado “sérias preocupações sobre possíveis violações do direito internacional humanitário em Gaza” e afirmou que “até agora, essas preocupações não foram suficientemente abordadas por Israel”.

“À luz das considerações acima, apresentarei uma proposta para que a UE invoque a cláusula dos direitos humanos para suspender o diálogo político com Israel”, escreveu ele.

A UE mantém um diálogo político regular com Israel como parte do Tratado de Associação UE-Israel, que entrou em vigor em 2000, e declara que as relações entre os dois são baseadas no respeito à democracia e aos direitos humanos.

De acordo com algumas fontes diplomáticas citadas pela mídia, o chefe de política externa também apresentou sua proposta durante uma reunião com diplomatas da UE na quarta-feira, e deve tentar formalizá-la na reunião dos ministros das Relações Exteriores da UE no início da próxima semana.

A decisão exigiria aprovação unânime de todos os 27 estados-membros. Uma fonte diplomática expressou ceticismo sobre a iniciativa, dizendo que era “uma surpresa completa” e que “a expectativa generalizada é que não será acordada”.

A guerra de Israel com o Hamas e o cerco de Gaza atraíram críticas internacionais nos últimos meses, incluindo ameaças de sanções. Jerusalém Ocidental experimentou recentemente um declínio constante no apoio ocidental devido ao crescente número de mortos e ao aprofundamento da crise humanitária no enclave.

A ONU também condenou o que chamou de violações sistemáticas dos princípios fundamentais do direito internacional por Israel. O governo israelense rejeitou o relatório e afirma que está agindo “de acordo com os princípios de distinção e proporcionalidade”

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