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Os “intelectuais de plantão” e a superficialidade disfarçada de sabedoria

Os “intelectuais de plantão” representam um reflexo da nossa sociedade imediatista, que valoriza mais a aparência do que a essência

Os “intelectuais de plantão” e a superficialidade disfarçada de sabedoria

Paulo Siuves

Vivemos em um mundo hiperconectado, onde o acesso à informação está a apenas um clique de distância. Ainda assim, a superficialidade parece ter se tornado o alicerce do conhecimento para muitos. Foi refletindo sobre isso que o artigo de Cláudio Andrade Rêgo me inspirou. Sua análise sobre política e estratégia me inspirou a refletir sobre o contraste entre o verdadeiro saber e a aparência de inteligência que tantas pessoas alardeiam, seja nos círculos sociais ou no ambiente profissional.

Quantas vezes, no trabalho, nos deparamos com os chamados “intelectuais de plantão”? São aquelas pessoas que monopolizam as conversas com opiniões rápidas e certeiras, eles adoram dominar as conversas. À primeira vista, parecem bem informados, mas, quando analisamos de perto, percebemos que seu “conhecimento” muitas vezes não passa de resultados de pesquisas apressadas na internet. São essas pessoas que, na ânsia de parecerem superiores, frequentemente humilham os outros, criando um ambiente de diálogo que, em vez de unir, afasta e desmotiva.

O professor Cláudio Andrade Rêgo, em seu texto, vai muito além da crítica; ele ensina; ele educa. É exatamente esse tipo de contribuição que diferencia o verdadeiro intelectual e os “intelectuais de plantão”. “. Enquanto um busca compartilhar sabedoria e estimular o pensamento crítico, o outro apenas acumula frases de efeito para impressionar em uma conversa ou reunião.

No artigo, Cláudio aborda de maneira brilhante a diferença entre ser “operacional para caralho” — algo que muitos confundem com excelência — e ter uma visão estratégica, que é o verdadeiro diferencial em qualquer forma de liderança. Essa habilidade de ir além do óbvio e trazer ensinamentos práticos é o que falta em muitas discussões políticas e também nas conversas cotidianas, tanto no ambiente profissional quanto nas mesas de bar.

Os “intelectuais de plantão” representam um reflexo da nossa sociedade imediatista, que valoriza mais a aparência do que a essência. Para eles, o conhecimento é uma ferramenta de poder, não de transformação. Isso fica evidente em suas atitudes, especialmente na forma como tratam aqueles que possuem dúvidas ou que ousam discordar de suas “verdades absolutas”.

Mas o que eles não percebem é que o verdadeiro sábio, aquele que realmente domina seu ofício, não tem medo de dizer “não sei”. Ele entende que o aprendizado é um processo contínuo e que quanto mais sabemos, mais percebemos o quanto ainda há para aprender.

Artigos como o de Cláudio Andrade Rêgo deveriam ser leitura obrigatória. Não apenas pelo conteúdo rico, mas porque nos mostram o que realmente significa possuir e compartilhar conhecimento. Enquanto muitos se preocupam em parecer inteligentes, Cláudio se dedica a ensinar, inspirar e provocar reflexões que, no fim das contas, são o que realmente transforma indivíduos e sociedades.

Fica, então, uma pergunta para nós, leitores: estamos contribuindo para criar ambientes de aprendizado e crescimento mútuo ou estamos apenas inflando nossos egos? Que o exemplo de Cláudio Andrade Rêgo seja um lembrete de que a verdadeira sabedoria está em ensinar, aprender e construir, juntos, um caminho melhor.

E a nós, leitores e participantes dessas conversas semanais, cabe uma reflexão: estamos contribuindo para um ambiente de aprendizado e crescimento mútuo ou estamos apenas tentando inflar nossos egos? Que o exemplo do professor Cláudio Andrade Rêgo sirva de inspiração para todos nós e seja um lembrete de que a verdadeira sabedoria está em ensinar, aprender e construir, juntos, um caminho melhor.

Paulo Siuves

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