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Presidente sul-coreano se diz; “profundamente arrependido” pela lei marcial

Yoon Suk Yeol disse à nação que não se esquivará de assumir a responsabilidade por suas ações

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, disse que está “profundamente arrependido” por impor a lei marcial no país e prometeu não repetir a medida.

Yoon, que fez uma serenata para o presidente dos EUA, Joe Biden, com “American Pie” e afirma ter começado a jogar golfe para impressionar o presidente eleito Donald Trump, pediu desculpas em um discurso de dois minutos à nação no sábado, sua primeira aparição pública desde que a crise eclodiu no país no início desta semana.

“Esta declaração de lei marcial de emergência surgiu do meu desespero como a parte responsável máxima pelos assuntos de estado”,  afirmou Yoon.

O presidente reconheceu que sua decisão havia “causado ansiedade e inconveniência” ao povo sul-coreano. “Estou profundamente arrependido e peço sinceras desculpas aos cidadãos, que devem ter ficado muito chocados”, ele enfatizou.

Yoon refutou especulações de que ele poderia tentar impor a lei marcial novamente, dizendo que “não haverá absolutamente nenhuma segunda tentativa de emenda constitucional”.

Com o parlamento pronto para votar seu impeachment no sábado, o chefe de estado enfatizou que “não evitará a responsabilidade legal e política relacionada a esta declaração de lei marcial”.

“Confiarei ao meu partido métodos para estabilizar a situação política, incluindo o restante do meu mandato… Peço desculpas aos cidadãos pelas preocupações que causei”, concluiu Yoon.

Na terça-feira, Yoon fez um discurso surpresa na televisão, declarando lei marcial de emergência no país, sob a alegação de que a oposição – que ele acusou de ser simpática à Coreia do Norte – estaria supostamente preparando uma “rebelião”.

Em poucas horas, 190 legisladores, que conseguiram acessar a Assembleia Nacional apesar dos cordões militares, votaram unanimemente para revogar o decreto. Milhares de pessoas foram às ruas para condenar as ações do presidente.

Menos de seis horas depois de impor a lei marcial, Yoon anunciou que havia decidido retirar sua decisão.

O People Power Party (PPP) de Yoon havia prometido inicialmente bloquear a tentativa de impeachment do presidente. No entanto, na sexta-feira, o líder do partido, Han Dong-hoon, pediu sua suspensão imediata, pois sua presença no cargo colocava o país em “grave perigo”. De acordo com Han, ele mudou sua posição após obter “evidências confiáveis” de que Yoon havia ordenado a prisão de políticos importantes durante a curta lei marcial.

No sábado, o líder do PPP reiterou sua posição, dizendo que “a renúncia antecipada é inevitável” para o presidente, devido à impossibilidade de ele desempenhar suas funções normais.

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