O presidente dos EUA afirmou, no entanto, que muitos migrantes do país africano estão entre aqueles que entram nos EUA

Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 19/04/25
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que não tem conhecimento sobre a República Democrática do Congo (RD Congo), mas afirma que muitos imigrantes ilegais nos EUA vêm de lá, relata o Africanews.
Ele fez os comentários na quinta-feira, durante uma reunião com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, na Casa Branca. Trump alegou que prisões em vários países, não apenas na América do Sul, mas também em outros continentes, haviam libertado detentos que agora estavam entrando nos EUA.
Aparentemente se referindo à República Democrática do Congo, Trump disse que muitas pessoas estão chegando do país africano, acrescentando: “Não sei o que é isso, mas elas vieram do Congo e de outras partes do mundo”.
A República Democrática do Congo é o segundo maior país da África, com mais de 100 milhões de habitantes. A República do Congo faz fronteira com a República Democrática do Congo.
Esta não é a primeira vez que Trump faz comentários controversos sobre países africanos. Em março, ele brincou que “ninguém nunca ouviu falar” do Lesoto, um país no sul da África que recebeu US$ 8 milhões em ajuda do governo anterior para projetos de desenvolvimento internacional.
Em resposta, o ministro das Relações Exteriores do Lesoto, Lejone Mpotjoane, declarou que o governo ficou chocado e ofendido com a declaração. Ele disse que era “bastante insultuoso” e “decepcionante” que o líder de um país que mantém uma missão diplomática no Lesoto falasse dessa maneira. “Estou realmente chocado que meu país possa ser chamado dessa forma pelo chefe de Estado”, disse Mpotjoane, segundo a Reuters.
No início do mês, os EUA impuseram um novo conjunto de tarifas recíprocas sobre importações de quase 90 países. Uma pausa temporária de 90 dias e uma tarifa reduzida de 10% foram anunciadas posteriormente. As novas tarifas afetaram 20 países africanos, incluindo Madagascar (47%), África do Sul (30%) e República Democrática do Congo (11%). Lesoto foi atingido pela maior alíquota tarifária, de 50%.
Informações RT