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Donald Trump planeja encontro com Vladimir Putin por paz na Ucrânia

A Casa Branca, segundo a CNN Brasil, está próxima de um acordo temporário de cessar-fogo, mas a presença de Trump e Putin é vista como essencial

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quinta-feira, 15 de maio de 2025, sua intenção de se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, para discutir o fim do conflito na Ucrânia. Durante uma viagem ao Oriente Médio, Trump afirmou que “nada acontecerá” nas negociações de paz até que ele e Putin estejam juntos, destacando a urgência de um encontro em Istambul, na Turquia. A declaração veio após o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, desistir de uma reunião planejada na mesma cidade, classificando-a como “farsa” devido à ausência de Putin. Trump, que fez do cessar-fogo na Ucrânia uma prioridade de seu mandato, enfatizou que “muitas pessoas estão morrendo” e que a reunião deve ocorrer “o quanto antes”. Ele também mencionou a possibilidade de viajar à Turquia, mesmo com uma agenda cheia, para salvar vidas. A iniciativa ocorre em meio a esforços diplomáticos intensos, com o governo turco mediando conversas entre Rússia e Ucrânia. A Casa Branca, segundo a CNN Brasil, está próxima de um acordo temporário de cessar-fogo, mas a presença de Trump e Putin é vista como essencial. O anúncio gerou reações mistas, com apoio de setores que buscam paz e críticas de quem teme concessões à Rússia. 

O conflito na Ucrânia, iniciado pela invasão russa em fevereiro de 2022, já dura mais de três anos, causando milhares de mortes e deslocamentos. Trump, desde o início de seu segundo mandato em janeiro de 2025, tem pressionado por uma resolução, enviando emissários como Steve Witkoff à Rússia para dialogar com Putin. Segundo a CNN Brasil, houve várias reuniões de alto nível entre autoridades americanas e russas nos últimos meses.

A Turquia, sob mediação do presidente Recep Tayyip Erdogan, emergiu como um local neutro para negociações, com um encontro entre Putin e Zelensky inicialmente agendado para 15 de maio. No entanto, a ausência confirmada de Putin levou Zelensky a cancelar sua participação, exigindo uma trégua de 30 dias como condição para conversas. Trump, por sua vez, insistiu na necessidade de sua presença para garantir avanços, conforme relatado pelo Metrópoles. Ele também destacou a pressão dos EUA sobre a Rússia, afirmando que Putin “sabe disso” e está mais disposto a negociar. O contexto é complexo, com a Europa e os EUA buscando uma saída diplomática, enquanto Zelensky mantém a demanda por garantias concretas. A relação entre Trump e Putin, descrita como de confiança mútua pelo Kremlin em março, adiciona uma camada de otimismo, mas também de desconfiança entre os aliados da Ucrânia.

Impactos e desafios das negociações

A proposta de Trump para um encontro direto com Putin em Istambul traz tanto oportunidades quanto riscos. Por um lado, sua presença pode destravar negociações estagnadas, já que Putin, segundo o UOL, expressou disposição para “conversas diretas” na mesma data e local. A pressão de Trump, incluindo ameaças de sanções e tarifas ao petróleo russo, como relatado pela CartaCapital, parece ter influenciado a postura de Moscou. No entanto, a relutância de Zelensky em participar sem garantias de cessar-fogo levanta dúvidas sobre a viabilidade de um acordo imediato. Além disso, a estratégia de Trump, que inclui críticas públicas a Zelensky, como visto em março na NBC, gerou tensões com Kiev.

Analistas apontam que a abordagem de Trump favorece, em parte, a narrativa russa, que busca legitimar suas conquistas territoriais. Posts no X refletem o debate: enquanto alguns elogiam a iniciativa como um passo para a paz, outros a veem como uma concessão perigosa. A Turquia, por sua vez, mantém cautela, ciente de que o sucesso do encontro depende da vontade de todas as partes. O risco de uma escalada, caso as negociações fracassem, permanece, especialmente após recentes ataques russos a Kiev, condenados por Trump em abril, segundo a BBC.

Os desdobramentos do encontro, se concretizado, podem redefinir o cenário geopolítico. Um cessar-fogo temporário, como sugerido pela CNN, poderia aliviar a crise humanitária na Ucrânia, mas a questão territorial permanece um obstáculo. A Rússia controla áreas significativas desde 2022, e qualquer acordo exigirá concessões difíceis, possivelmente rejeitadas por Zelensky. Trump, segundo o UOL, está aberto a explorar “possíveis vias” com Putin, mas sua insistência em liderar as negociações levanta questões sobre o papel dos aliados europeus e da OTAN. A visita do secretário de Estado, Marco Rubio, à Turquia na sexta-feira, 16 de maio, sinaliza o compromisso dos EUA, mas também a complexidade do processo.

A opinião pública global está dividida: enquanto alguns veem Trump como um mediador eficaz, outros temem que sua proximidade com Putin comprometa a soberania ucraniana. No Brasil, o presidente Lula, que se encontrou com Putin em maio, conforme a Folha, também defende o fim da guerra, mas com ênfase em negociações multilaterais. O sucesso de Trump dependerá de equilibrar interesses opostos, garantindo que a Ucrânia não seja pressionada a ceder excessivamente. A pressão por resultados é alta, e o encontro pode ser um marco ou um fiasco, dependendo da habilidade diplomática de todas as partes envolvidas.

Perspectivas para o fim do conflito

A iniciativa de Trump para se reunir com Putin reflete sua aposta em uma diplomacia direta para resolver o conflito na Ucrânia, mas o caminho à frente é incerto. A curto prazo, o encontro em Istambul, se realizado, pode estabelecer as bases para um cessar-fogo, aliviando o sofrimento de milhões de ucranianos. No entanto, a ausência de consenso sobre questões territoriais e a desconfiança de Zelensky em relação às intenções de Putin e Trump complicam o cenário. A longo prazo, um acordo bem-sucedido poderia fortalecer a imagem de Trump como líder global, mas um fracasso reforçaria críticas sobre sua abordagem unilateral.

A Turquia, como mediadora, ganha relevância geopolítica, enquanto a Europa observa com cautela, temendo um enfraquecimento da OTAN. No Brasil, o caso é acompanhado com interesse, dado o posicionamento de Lula contra a guerra. A pressão pública, amplificada por posts no X, exige resultados concretos, mas a complexidade do conflito sugere que qualquer solução será gradual. O futuro dependerá da capacidade de Trump de alinhar interesses divergentes, da disposição de Putin em ceder e da resiliência de Zelensky em proteger a soberania ucraniana. Por ora, o mundo aguarda os próximos passos, ciente de que a paz na Ucrânia permanece um objetivo desafiador, mas urgentemente necessário.

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