Alguns homens vêem o mau funcionamento como um sinal de fraqueza e vergonha, mas especialistas dizem que a condição pode estar comunicando outros riscos à saúde.
Por Jornal Clarín Brasil 22/01/2020 às 19h01min
A disfunção erétil, também conhecida como “brochar”, é considerada uma condição “embaraçosa” – na qual, quanto menos se falar, melhor, pensam muitos homens.
Alguns vêem o mau funcionamento como um sinal de fraqueza e vergonha, mas especialistas dizem que a condição pode estar comunicando outros riscos à saúde.
Juarez *, 36, diz que esteve lutando por dois meses em segredo contra a disfunção erétil, antes de procurar ajuda médica.
“Não ter um pênis funcional é embaraçoso e afeta o seu ego como homem. Mas eu só percebi o quanto isso estava afetando meu relacionamento nos últimos meses porque fiquei sem desculpas que justioficasse eu não querer fazer sexo ”, disse Juarez.
AS MORTES POR DOENÇAS CARDÍACAS ESTÃO AUMENTANDO
47 milhões de pessoas nos Estados Unidos estão vivendo com distúrbios cardiometabólicos, como doenças cardíacas, derrame, diabetes e pressão alta. Após algumas consultas com seu médico e urologista, Juarez foi diagnosticado com depressão, o que os especialistas dizem ser uma das causa raiz da disfunção erétil.
“Estou feliz por ter procurado ajuda. Provavelmente, se isso não afetasse minha vida sexual, eu provavelmente estaria começando este ano, mal-humorado e deprimido, como estava no ano passado ”, disse Juarez.
De acordo com especialistas, a disfunção erétil pode indicar um problema de saúde grave, como doença cardíaca, hipertensão, diabetes ou depressão – destacando a necessidade de homens com essa condição consultar um urologista.
Um estudo de 2014 no South African Medical Journal na Africa do Sul indicou que aproximadamente 31% dos homens sofrem de disfunção sexual durante a vida.
“De fato, a disfunção erétil é mais comum em homens com doença cardiovascular, pois seus fatores de risco estão intimamente alinhados; portanto, a disfunção erétil geralmente representa um ‘sintoma sentinela’ ou um marcador em pacientes de que poderia haver uma doença cardiovascular subjacente, onde nenhum outro sintoma está presente. Explicou o Dr. El-Shafei.
DINÂMICA DO TRATAMENTO
Existem várias categorias de tratamento para a disfunção erétil, mas a terapia de primeira linha mais comumente prescrita é um medicamento oral que se enquadra na categoria de inibidores da fosfodiesterase-5 ou PDE5, para abreviar. Todos os medicamentos desta categoria – embora tenham algumas diferenças farmacológicas que se traduzem em efeitos clínicos diferentes – têm essencialmente a mesma ação ”, explica o Dr. El-Shafei.
Após a estimulação sexual, os inibidores da PDE5 aumentam o fluxo sanguíneo para o pênis, causando uma ereção. A ereção peniana é causada pelo ingurgitamento do pênis com sangue. Esse ingurgitamento ocorre quando os vasos sanguíneos que entregam sangue ao pênis aumentam a entrega de sangue, e os vasos sanguíneos que transportam o sangue para longe do pênis diminuem a remoção do sangue. Sob condições normais, a estimulação sexual leva à produção e liberação de óxido nítrico no pênis.
Como muitos continuam desejando levar estilos de vida saudáveis em 2020, os especialistas dizem que é importante ouvir seu corpo e procurar ajuda de um profissional médico sempre que houver um mau funcionamento.
Juarez * não é seu nome verdadeiro
