O primeiro-ministro Netanyahu retirou seu pedido de imunidade parlamentar, removendo assim o último obstáculo legal à denúncia.
Por Jornal Clarín Brasil JCB – Jerusalém 28/01/2020 às 16h01min
JERUSALÉM – Membros do bloco de direita do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu expressaram indignação com a decisão do procurador-geral Avichai Mandelblit de registrar acusações contra o primeiro-ministro no mesmo dia em que ele estiver em Washington negociando os termos do plano de paz dos EUA.
O ministro da Defesa Naftali Bennett, chefe do partido Yamina, perguntou: “Por que era tão urgente humilhar o primeiro ministro Netanyahu quando ele estava no exterior, representando todos nós? Eles poderiam ter esperado um dia ou dois para ele voltar para casa.
O primeiro-ministro Netanyahu retirou seu pedido de imunidade parlamentar, removendo assim o último obstáculo legal à denúncia.
Fontes próximas ao primeiro-ministro foram citadas na mídia local, alegando que o momento é a prova de que o que Netanyahu chamou de “caça às bruxas” é real.
“Se alguém ainda tem dúvidas de que existe uma perseguição obsessiva contra o primeiro-ministro Netanyahu, agora eles têm provas claras”, disseram eles.
“A ânsia de registrar a acusação absurda contra o primeiro-ministro é tão grande que eles nem podiam esperar um único dia pela cúpula histórica em Washington, uma das mais importantes da história do país, para concluir”.
O ministro dos Transportes Bezalel Smotrich (Yemina) também atacou Mandelblit, dizendo em um tweet que ele “não está autorizado a falar em nome de Israel. Para resumir os eventos dos últimos dias em duas frases: Israel apoia Benjamin Netanyahu – os soberanos auto-nomeados estão contra ele. Israel é contra [MK árabe Heba Yazbak] – os soberanos auto-nomeados a apóiam. Essa é a história toda.
A última foi uma referência à opinião formal do procurador-geral publicada na segunda-feira de que Yazbak, que foi amplamente acusado de incitar a violência contra soldados das FDI, ainda pode concorrer ao Knesset em março.