“Eu sei que eu errei e muito; estou aqui pagando por tudo que eu cometi”, afirmou Rafael, também conhecida como Suzy.
Por Jornal Clarín Brasil/JCB – Belo Horizonte em 09/03/2020 às 19h32min
Rafael Tadeu de Oliveira Santos, também conhecida como Suzy, após episódio exibido no Fantástico da Rede Globo, ganhou fama nacional, após receber um abraço do Dr. Drauzio Varella, que na ocasião atuava como entrevistador, e ouviu por parte do entrevistado que não recebia uma visita há 08 anos por nenhum membro de sua família.
A reportagem da Rede Globo tentava sensibilizar a audiência, expondo o cotidiano de transexuais que cumprem penas em penitenciárias masculinas.
Ao encerrar a matéria, o Dr. Drauzio Varella conseguiu sensibilizar o país inteiro, quando despido de preconceitos ou discriminação, abraçou ao detento, após chama-lo carinhosamente de “minha filha”, cena que constrangeu ao mais carolas entre os religiosos, principalmente sendo de conhecimento público a posição ateísta do Dr. Drauzio.
A matéria seria registrada nas crônicas da televisão brasileira como um dos momentos mais bonitos da história televisiva do país, porém, o que a Rede Globo não contou ao telespectador, é que ‘Suzy’ cumpre pena por estuprar, estrangular e esconder o cadáver de uma criança de 9 anos.
De acordo com a Revisão Criminal nº 0045326-61.2015.8.26.0000, o crime ocorreu na zona leste de São Paulo, em 2010, quando ‘Suzy’ ainda utilizava o nome como masculino de Rafael, que foi preso, confessando o crime, e está preso desde então.
FAKE NEWS
Após a reportagem ir ao ar, obviamente, várias pessoas questionaram, e se interessaram por saber o que de fato o detento havia praticado, para que, não só sua família se afastasse, e foram atrás de mais informações sobre o caso de ‘Suzy’, que na reportagem, foi a transexual que mais chamou a atenção e ganhou ‘mimos’ pelo país à fora.
Enquanto alguns se sensibilizavam, escreviam cartas e enviavam presentes, outros, desconfiados iniciaram as investigações por conta própria; “Qual o nome primário” e “quais crimes cometeu” questionavam em redes sociais, e provavelmente no “google”, quando a história, até então perdida no tempo começou a ressurgir:
Nas redes sociais, jovens, adultos, artistas, ativistas, crianças e simpatizantes resolveram criar uma campanha em prol da ‘Suzy’.
Movidos pela emoção, um grupo chegou a criar na plataforma ‘vakinha’, uma para arrecadar dinheiro em favor da detenta.
Após todo ensaio de manifestação empática, dias depois da matéria ir ao ar, passou a circular imagens e links do processo da ‘Suzy’, correspondendo ao seu nome de batismo, expondo o motivo que levou Rafael, a “Suzy” para o cárcere. Estava lá, Suzy, ou Rafael, que são as mesmas pessoas é um facínora, assassino de inocentes, ato bárbaro que praticou de maneira mais vil e animalesca possível.
Várias alegações foram feitas pela militantes que estupefatos com a revelação, não querendo acreditar no que liam, insistiam tratar-se de “fake news”, ou notícia falsa de ideólogos políticos no intuito de sacrificar ao detento por ser ele uma “transexual” .
Uns defendiam que ela ‘apenas’ cometeu roubo, e por isso estava no presídio específico para condenados por práticas de furtos e roubos. Outros alegavam que a ficha criminal não era da mesma pessoa, pois o nome correspondente era de Rafael Tadeu Oliveira Santos.
Uma estranha e absurda tentativa de “passarem pano” para o criminoso. A maioria das pessoas que afirmavam que tudo não passava de uma teoria da conspiração de grupo “A” ou “B” para ‘abafar’ o efeito de ‘empatia’ pelo público LGBT.
SEGUNDA CONFISSÃO DE “SUZY“
Diante de mais um escândalo, ‘Suzy’ resolve então abrir a boca e falar novamente a verdade sobre o crime praticado, e que a levou para a prisão.
Sua representante, a advogada, Bruna Castro, veiculou uma carta aberta, atribuída à criminosa. No texto, ‘Suzy’ reconhece os crimes que cometeu e diz que não foi questionada pelo programa sobre o que teria cometido para que fosse parar atrás das grades.
Rafael, ou “Suzy”, também fez questão de frisar que não teve a intenção de transmitir o sentimento de ‘vitimismo’ ou causar comoção no público.
Leia a nota na íntegra:
“Eu sei que errei e muito. Em nenhum momento tentei me passar como inocente. Desde aquele dia me arrependi e hoje estou aqui pagando tudo que cometi”, diz trecho da carta do condenado.
Provavelmente o ocorrido, doravante, auxiliará aos leitores e expectadores do país, a se atentarem para a qualidade da programação que consomem, e hão de apurar melhor os fatos que lhes são apresentados.
