Agora, mais casos estão sendo relatados na Europa todos os dias do que na China, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus
Por Tass Agência Russa de Notícias – Jornal Clarín Brasil /JCB – 13/03/2020 às 15h41min
GENEBRA – A Europa se tornou o epicentro da pandemia do COVID-19, afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante o briefing de sexta-feira em Genebra.
“A Europa agora se tornou o epicentro da pandemia do COVID-19, com mais casos e mortes registrados do que o resto do mundo combinado, além da China”, disse ele. “Agora, mais casos estão sendo relatados todos os dias do que os registrados na China no auge de sua epidemia”.
Ele informou que mais de 132.000 casos de COVID-19 foram documentados em 123 estados e territórios. A maioria dos estados tem planos nacionais para combater o vírus, observou ele. A OMS continua a prestar apoio a países de todo o mundo.
“Estamos encorajados que muitos países estejam agindo nos 8 pilares do plano estratégico de preparação e resposta COVID-19 da OMS”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus. “A maioria dos países agora tem um plano nacional; a maioria está adotando uma abordagem multissetorial e a maioria tem capacidade de testes de laboratório”.
“Continuamos a apoiar os países na preparação e resposta. Enviamos suprimentos de equipamentos de proteção individual para 56 países, estamos enviando para outros 28 e enviamos quase 1,5 milhão de testes de diagnóstico para 120 países”. O chefe da OMS declarou.
“Nossa mensagem aos países continua sendo: você deve adotar uma abordagem abrangente. Não testar sozinho. Não rastrear sozinho. Não colocar quarentena sozinha. Não se distanciar socialmente sozinho. Fazer tudo”, enfatizou.
“A experiência da China, Coréia do Sul, Cingapura e outras pessoas demonstra claramente que testes agressivos e rastreamento de contatos, combinados com medidas de distanciamento social e mobilização da comunidade, podem prevenir infecções por COVID-19 e salvar vidas”, disse o diretor geral da OMS.
“Este é um novo vírus e uma nova situação. Estamos todos aprendendo e todos devemos encontrar novas maneiras de prevenir infecções, salvar vidas e minimizar o impacto. Todos os países têm lições para compartilhar”, concluiu.
No final de dezembro de 2019, as autoridades chinesas notificaram a OMS sobre um surto de uma pneumonia desconhecida na cidade de Wuhan, no centro da China. Em 11 de março, a OMS caracterizou oficialmente a situação com o novo coronavírus (COVID-19) como uma pandemia. A doença se espalhou para mais de 110 países. Segundo dados oficiais, mais de 134.000 pessoas foram infectadas com o vírus em todo o mundo e mais de 5.000 morreram. Existem 45 casos confirmados na Rússia.