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SOLIDÃO – Por Nathielle Aroeira

Ela corrói aos poucos a nossa alegria, drenando nosso vigor, exaurindo nossa voracidade de viver

Por Nathielle Aroeira – Jornal Clarín Brasil JCB – Belo Horizonte em 20/09/2020 às 11hs20mins

O que pensar quando estamos sentindo?!

A solidão é um desses sentimentos paralisantes.

Ela não nos frustra de início, mas soa como uma bela ideia de paz e independência, e em tempos modernos, como mecanismo de auto preservação.

Mas o seu papel não é somente esse, ela é perita em nos desestabilizar, e mestra em nos prostrar. Não somente a solidão física, mais agravante que ela, existe a solidão da alma, a solidão que não se aplaca jamais.

Que constrói um abismo para se abrigar, trazendo consigo toda a escuridão.

A solidão da alma é contínua, estável e duradoura, e ela possui fúria suficiente para nos prostrar, inclusive fisicamente.

Ela corrói aos poucos a nossa alegria, drenando nosso vigor, exaurindo nossa voracidade de viver.

Nos torna desimportante, com todos os sentimentos efêmeros, semeados dia a dia

A solidão machuca.

Não há nada que possamos fazer para ameniza-la.

É como se ela fosse a única companhia.

Só com ela que podemos contar.

Cada minuto ao lado dela nos apagamos mais…

A alegria…

O ânimo…

A vontade de viver…

Expiram.

Cada segundo que não tivemos ninguém.

Cada momento em que ninguém sorriu conosco.

Cada problema que enfrentamos sozinhas, sorve de nós toda esperança, destruindo aos poucos nossa coragem, consumindo nossa força…

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A solidão dói.

Saber que somos nós e nós mesmos, sempre assim.

Que não vai ouvir uma palavra positiva.

Que não vão usar de paciência conosco nos momentos difíceis.

Que não vão nos amar quando não merecermos.

A solidão nos consome… Lentamente.

Nos abduz a um estado de completa frustração, mas podemos enxergar que apesar de toda dor… Sobrevivemos.

Nós mesmos nos remontamos, dia após dia.

Cada passo tortuoso a efetivar nos coloca de pé, de uma maneira sobrenatural.

Podemos suportar…

Com tribulações…

Mas conseguimos…

Cada dia de sol que nos alimenta.

Com as noites chuvosas que nos trazem refrigério…

Nós vamos conseguir.

Mesmo apagados ainda podemos nos acender quando posicionados perto do fogo certo.

Shalom.

Nathielle Aroeira,vive em Belo Horizonte, é educadora infantil, mãe dedicada e escreve semanalmente sobre o quotidiano para o Jornal Clarín Brasil/JCB
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