“Observar cautelosamente cada movimento dos mundos ao nosso redor, é fundamental para a construção de vidas inteligentes“
Por Nathielle Aroeira – Jornal Clarín Brasil JCB – Belo Horizonte em 07/10/2020 ás 02hs40mins
Constantes
De: Nathielle Aroeira
Todas as manhãs eu desperto com um desânimo peculiar.
Será que com todos os humanos é assim?!
Um desânimo que comtempla desde um pouco de cansaço inicial até uma noite sem conseguir fechar os olhos e descansar.
A rotina causticante deixa cicatrizes na alma e na pele.
E para sobreviver a todo ferimento aprendemos a ser terrivelmente fortes. É inevitável.
Ignorando nossos próprios limites e anseios.
Os diferentes cenários que convivemos e temos conhecimento, estão em constante colapso moral e ético, a todo momento.
E precisamos lidar com cautela sobre cada vírgula presente em todos contextos.
Fortalecendo cada características positivas e amenizando toda forma negativa de lidar com as situações.
Observar cautelosamente cada movimento dos mundos ao nosso redor, é fundamental para a construção de vidas inteligentes.
E conscientes.
Ao conseguirmos alinhar algumas ideias, as arestas são extinguidas e seguimos em frente sem nenhum pesar.
Mas com os dias cada vez mais angustiantes fica difícil lidar com pequenos pontos que rapidamente se tornam imensos potenciais satélites luminosos, em nossas vidas.
Para o bem ou para o mal.
Quando tudo quer desmoronar é que enxergamos as verdades de nossas vidas.
A aparência se desfaz e as estruturas ficam expostas.
Com tudo em risco, passamos a observar o que realmente é essencial para nós.
E passamos assim e evidenciar cada detalhe de nossa própria evolução.
Louvando sempre as vantagens de sermos quem somos.
Sermos verdadeiros, buscarmos e estimulamos a paz.
Com pouca experiência de vida.Muitos medos, inseguranças, incertezas e traumas.
A cansativa missão de existir não é muito agradável.
Apesar da mania insistentemente delirante de enxergar o copo meio vazio e reclamar que ninguém o encheu.
É possível perceber os benefícios de, ainda que meio imerso nos problemas; não estar sozinho.
Talvez não tenhamos a companhia que idealizamos, ou não tenhamos a companhia que desejamos, ou não tenhamos a companhia que esperamos..
Notamos nas singelas demonstrações constantes de atenção, interesse e cuidado. Que não estamos sozinhos.
Dos filhos que nos chamam infinitas vezes.
Aos amigos que apesar de sumirem por um tempo… Estão sempre dispostos a ajudar.
Os olhos abrem.
O coração se aquece.
E o amor vence.
Se torna maior.
E faz todos os males superados serem apenas cicatrizes.
Marcas que comprovam o passado de dor e superação.
Marcas da persistência em ser melhor.
A prova da vitória!
De não sermos sozinhos!
Shalom
Nathielle Aroeira,vive em Belo Horizonte, é educadora infantil, mãe dedicada e escreve semanalmente sobre o quotidiano para o Jornal Clarín Brasil/JCB