“O que na realidade lhe restava era aquela boneca estranha”
Por Rosemary Chalfoun Academia Mineira de Belas Artes/Jornal Clarín Brasil JCB – Belo Horizonte em 13/10/2020 às 03hs39mins
INFÂNCIA
A menina sonhava…
Em seus sonhos, junto à colorida peteca
Havia uma linda boneca de tranças.
De vestido e sapatos dando a ela os seus braços
Para dar pequenos passos.
Uma boneca assim só caberia em sonhos…
O que na realidade lhe restava era aquela boneca estranha
De uma estranheza tamanha, feita de papelão!
O seu vestido de papel crepom fora substituído
Pela renda rosa de um novo vestido com babados!
Mal sabia essa menina que todos os seus desejos
Seriam realizados!
Lá no alto de um armário, adormecida esperava,
Por um Natal que chegava, a boneca de seus sonhos!
Fosse hoje, menina, talvez você não se alegrasse
E entre apelos ganhasse, não mais uma boneca
Nem de papelão nem de porcelana…
Mas sim um celular de ponta, sem se dar conta
De que com toda essa aparência
Estaria perdendo grande parte de sua infância!
Privilegiada menina que pôde brincar na cabana
Na rua, na escola e no jardim, com as bonecas,
Fossem elas, enfim, de papelão ou de porcelana!
Rose Chalfoun Pelo Dia das Crianças!
Rosemary Chalfoun Bertolucci, brasileira, Lavrense. Graduada em Letras, com Especialização em Língua Portuguesa pela PUC/MG, Especialista em Filosofia Clínica, pelo Instituto Packter/RS, Mestre em Educação, Membro da AcademiaLavrense de Letras (ALL). Membro da Academia Independente de Letras, PE (AIL) Membro da Academia Mineira de Belas Artes, (AMBA), membro da Confraria dos Poetas BH. Professora Universitária de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira (UNILAVRAS e UNIPAC) Tutora (EAD) e revisora (Universidade Federal de Lavras). Autora dos Livros de Poesias: ENTRETONS 2 edições, ENTRETONS II, ENTRETONS III (em andamento) Participação como coautora nas Antologias: Academia Lavrense de Letras, Academia Mineira de Belas Artes vol. I, vol. II, vol. III, Vozes Portuguesas, Luz de Natal (Portugal/Brasil), EPIFANIA AIL, entre outras. Primeira colocada no Concurso de Poesias em nível Nacional, promovido pela AIL (PE)
