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Porta dos Fundos recebe críticas de cristão e até de muçulmanos do Brasil com o especial de natal na NetFlix

Fábio Porchat rebate criticas dizendo que católicos devem se irritar antes “com a desigualdade que destrói” o Brasil.

Por Jornal Clarin Brasil – Belo Horizonte 13/12/2019 07h04min

Depois de, em 2018, os humoristas do canal Porta dos Fundos haverem recriado a Última Ceia inspirando-se na trilogia de filmes A Ressaca, o Especial de Natal de 2019 do grupo voltou a causar polêmica junto aos cristãos conservadores do Brasil, em boa parte dos países lusófonos e também de outros grupos religiosos que respeitam a figura do cristo.

Na obra disponível na plataforma da Netflix, Jesus Cristo, é interpretado por Gregorio Duvivier, como um homossexual que tem uma relação com a personagem interpetrada por Fabio Porchat. E os comediantes também fazem referência a um triângulo amoroso composto por Deus, Maria e José.

A orientação sexual atribuída ao personagem de Jesus está gerando desconforto junto aos setores brasileiros mais conservadores. Boa parte da população do Brasil, que se identifica como um dos maiores países cristãos do mundo, criticou o episódio de Natal da Porta dos Fundos, expressando o seu descontentamento nas redes sociais. “Somos a favor da liberdade de expressão, mas vale a pena atacar a fé de 86% da população? Fica a reflexão”, escreveu um deputado federal, compartilhando uma imagem onde se pode ler que a “Netflix ataca cristãos”.

Foi também criada uma petição pública a pedir a proibição da exibição do episódio, intitulado A Primeira Tentação de Cristo, “por ofender gravemente os cristãos”. Na noite desta quinta-feira, o documento contava com mais de 1,2 milhões de assinaturas.

Os comediantes, alvos das manifestações de insatisfação do público, usaram o Twitter para reagir às críticas. Gregorio Duvivier, um dos atores, comemora o fato de o episódio estar sendo visto “por todo o mundo”. Fabio Porchat foi mais ríspido, incitando os que ficaram ofendidos com o especial de Natal a indignarem-se antes “com a desigualdade que destrói o país”.

Mas não foram só os católicos a repudiarem o filme de 46 minutos: no início da semana, a Associação Nacional de Juristas Islâmicos (ANAJI) do Brasil emitiu uma nota de repúdio ao episódio, considerando que o filme “escarnece da fé cristã e do profeta Jesus e Maria”. 

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