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Primeiro-ministro da Itália, não suporta rejeição no parlamento e renuncia, piorando a crise política, econômica e de saúde no país

O presidente Sergio Mattarella manterá consultas com os partidos nos próximos 2 dias para tentar formar um novo governo que assuma o leme da combalida Itália

Por Jornal Clarín Brasil JCB News – Belo Horizonte, em 26/01/2021 às 17hs13mins

ROMA – sucumbindo à crise emergente, Giuseppe Conte, primeiro-ministro italiano apresentou nesta terça-feira (26), sua carta de renúncia, enquanto manobrava para aumentar suas chances de retornar como o principal candidato a liderar um novo governo apoiado por uma coalizão mais ampla, e quiçá mais coesa.

O presidente Sergio Mattarella, de pronto recebeu a carta de renúncia, e já nessa próxima quarta-feira (27), iniciará consultas com os partidos no parlamento – que devem durar apenas alguns dias – para tentar montar um novo gabinete governamental, capaz de liderar a Itália em uma segunda onda de pandemia e uma dramática recessão econômica.

Giuseppe Conte, pelo que tudo indica, foi obrigado a renunciar depois de perder o voto de confiança da semana passada no Senado italiano, o que gerou uma crise governamental no momento em que a Itália enfrenta decisões políticas e econômicas cruciais para seu futuro, já que, além da crise, agora política, o país já era alvo da crise econômica, além da pandemia do coronavírus.

O resultado do voto de confiança deixou Giuseppe Conte sem uma maioria sólida no parlamento, depois que o ex-primeiro-ministro Matteo Renzi retirou seu minúsculo Partido Italia Viva da coalizão governista, o que deixou Conte sem a sustentação necessária para promover ou apresentar propostas de seu governo.

Tendo falhado em uma tentativa de última hora para ampliar sua maioria, Conte e seu governo foram forçados a puxar a tomada para evitar outra derrota no parlamento neste final desta semana, o que seria a gota d’água para o fracasso total de sua administração.

A decisão de hoje, marca a abertura formal de uma das maiores crises políticas dos últimos anos na Itália, e deixa o presidente Mattarella diante de decisões importantes pela frente.

Mattarella tem poder para conceder a Conte outro mandato para tentar formar um governo, mas também pode escolher outro político ou um tecnocrata para liderar um governo de transição ou de “unidade nacional” apoiado por uma maioria mais ampla, até que se resolva o gigantesco imbróglio.

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