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UM AMIGO MEU – Por Nilson Apollo Belmiro Santos

Mas estou mesmo te provocando a se desafiar… E fodam-se suas desculpas… Eu quero mesmo é te fazer questionar esse “status quo”… Na verdade o certo é “Statu”, mas “Status” já está consagrado pelo uso.

Jornal Clarín Brasil JCB News / Brasil 29/03/2021 às 12hs26mins

Já faz um tempinho que não escrevo nada por aqui, andei meio sem inspiração, e não vou me sujeitar ou falar somente sobre política ou Covid-19, induzido pelas emoções do momento… Enfim, eu falo sobre o que quero, e quando quero, e é boa essa sensação de liberdade.

Mas vamos lá, hoje quero falar sobre algumas questões e pessoas que para mim são objetos de pesquisas comportamentais, e eu observo a tudo, e a todos a minha volta… Não confundam o tema com nenhuma questão de antropologia ou sociologia, é somente mesmo uma observação pessoal desse cara que vos escreve… Vamos lá, agora é pra valer.

Acompanho um amigo (real) meu, há muitos anos. Quando o conheci, ele já era um jovem considerado inteligente, acima da média que nos cercava, mas sem muito sucesso na vida, talvez por ser tímido demais. Para a maioria das pessoas, ele era talvez, mediano e as pessoas amavam sentir pena dele, por sua aparente simplicidade e outras questões mais, que não preciso expor…

Ao longo dos anos, não satisfeito com seu até então progresso em sua modorrenta profissão, o jovem resolveu progredir um pouco mais, ele já era funcionário público concursado, mas queria mais, é claro, e através dos estudos buscou se formar em uma profissão glamourosa, e que desse mais sentido a vida dele, pois, caso continuasse na seguraça do funcionalismo público, seria aquela mesmice a vida inteira. Enfim, o menino quis mudar, e foi atrás de seus sonhos. Passou no vestibular e “enfiou a cara nos livros” para se tornar advogado.

Ao longo dos estudos, seus até então convivas ainda aplaudiam a corrida dele atrás do sonho… “Pelo menos estava tentando” – Pensavam. Alguns na verdade nem imaginava que ele conseguiria se formar. Na verdade temiam, pois, a conclusão daquele projeto, fatalmente exporia a muitos outros, do lugar. Através daquilo, o menino estaria provando ser capaz, sair do lugar comum, e mudar a história sua, e de sua família.

Outros, claramente e abertamente, torciam contra, é claro, mas sendo contrários ou favoráveis, o desejo estava no coração do cara, e… Ele conseguiu!!! E agora??? Uma parte dos parentes ficaram felizes, outra torceu o nariz, apontou facilidades e “sortes” inexistentes, no sentido de quererm depreciar o mérito do rapaz… Mas ele CONSEGUIU!!!! E agora, só sucesso, ele próprio imaginava. “Ahhh ele vai ser advogado de porta de cadeia” – Comentava aquele parente invejoso pelos bares do bairro…. “Ahh fulano mudou, não fala mais com pobre”, dizia aquela vizinha que nem imagina que é diabética, e que não faz exames de mama há seis (06) anos. A preocupação era com o “doutorzinho”, apelido que a própria tia colocou nele, para esconder o fracaso de seu filho cachaceiro e preguiçoso que sonha em ser rico, mas não consegue economizar quinhentos reais para tirar uma carteira de motorista. Um outro primo do cara de tão “fdp” que é, lançou a piada; “Se formar em Direito é fácil, querer ver é conseguir passar na prova do “AOB”… A sigla correta é OAB, mas os ouvintes nem perceberam o equívoco, entre uma cerveja e outra.

A formação do rapaz causou alvoroço no imaginário da população do bairro, que demorará a se acostumar que o “neguinho” agora está em outro nível. Enquanto isso, o “neguinho” se desdobra para dar conta dos novos compromissos. Agora ele não tem mais tempo para perder em debates infrutíferos, tipo; horas e horas falando sobre futebol, mulheres, nem sobre carros ou a última série do “Netflix”… Seu ambiente mudou, o vocabulário também mudou, pois, ele não pode chamar um colega de profissão, ou um magistrado, muito menos a um cliente de “mano”… Seu círculo de convívio também mudou… Dizem que ele ficou metido, mas a bem da verdade, ele foi também aos poucos espurgado do meio… Os assuntos dele ficaram “chatos”… E olha que ele nem se expressava no vaidoso “juridiquês” dos doutores lá do escritório, nem dos tribunais. Ele só não conseguia mais vibrar na mesma frequência de antigamente.

Passado esses primeiros impactos, a coisa volta a ficar séria, ele se formou, passou na prova do OAB, está prestando serviço em um grande escritório, e já pensando em montar o seu, e com a devida vênia, ele não tem tempo a perder, precisa agora de clientes, e para isso tem que vender uma imagem atrativa e respeitável para seu público alvo… Ele precisa de um network em seu novo mundo, e por enquanto, sua energia mental, emocional e espiritual estão voltadas para que ele faça essa transição de maneira equilibrada e com a mínima turbulência psíquica possível. Ele já sofreu demais para concluir o curso e ser admitido pela ordem. Mas quem não percorreu e percorre esse trajeto não imagina o que possa ser isso.

A princípio, o que ele sente, é a sensação de estar perdido entre dois mundo, os veteranos em seu novo mundo o veem como um neófito vislumbrado, e que serve talvez para ser um “estagiário” ou um profissional “marronzinho” e mediano, que sem um sobrenome famoso e tradicional, dificilmente possa vir a ter sucesso na profissão. Eu sei que ele é e sempre será mais capaz do que muitos desses veteranos, de cujos quais ele precisará se proteger, para não ser explorado, ou ver seu brilho apagado e ter suas idéias usurpadas, pois é isso que acontece no ambiente selvagem e predatório chamado “mundo real”… Ninguém tem dó de ninguém.

Em seu antigo circulo agora ele é um “metido à besta” que tem o “rei na barriga” – e é triste falar isso, mas é a verdade, aquele mundo ficou pequeno para ele, não o cabe mais lá. Porém, de maneira subjetiva, no momento, ele já não sabe mais quem ele é… Qual é a turma dele, e em que mundo ele vive?!?

É óbvio que ele não vai desistir, embora grande partes de seus antigos convivas torçam para que desistam, ou temam que ele se dê mal em um mundo que eles não conhecem. E por talvez, até mesmo quererem protegê-lo, preferem que ele permaneça na redoma da mediocridade, ou conforto conhecido. É uma verdadeira Caverna de Platão (digitem no You tube caso não saibam o que vem a ser “A caverna de Platão”).

Poxa, alguns podem pensar; “Ele tem que estar junto com a quebrada, “ele é cria de lá”… Grande besteira, insistir que é nesse meio que ele encontrará amor e acolhimento quase sacro do coletivo. As pessoas dessa camada da sociedade, embora se vendam como piedosas e boas almas, por serem pobres, seguem sem perceberem, o enganoso molde católico apostólico romano medieval, que assentados em seus tronos de ouros, e donos de grandes extensões de terras, e até de vidas humanas escravizadas, incentivavam aos fieis a serem pobres. Em sua grande maioria, as pessoas do meio são castradoras de mentes, e conformados a inércia da pobreza e muitos ainda de maneira pior, são frustrados e agentes do desânimo, como em qualquer outro ambiente, e só não saem por não conhecerem outros mundos. Foram na verdade programados a viverem e serem tal como seus “mestres” lhes condicionaram. Volta lá na “Caverna do Platão”. Leia, assista e debata sobre esse tema, e por favor, tente identificar o que te impede de querer sair de um condicionamento mental limitado… “Ahh é minha cor, é minha religião, é minha família” virão muitas desculpas, mas estou mesmo te provocando a se desafiar… E fodam-se suas desculpas… Eu quero mesmo é te fazer questionar esse “status quo” (na verdade o certo é “Statu”, mas “Status” já está consagrado pelo uso).

Enfim, esse meu amigo parou de dar ouvidos a mediocridade, medos, preguiças, invejas, lamúrias, atribuições de culpas e lamentos. Ele vai errar muito em sua nova vida. E vai ser muito criticado pelos viventes de seu mundo antigo, e com certeza virão também críticas e ataques com mais qualidade, que ele sofrerá, além de inúmeras tentativas de boicotes em seu novo mundo, mas, independente de qualquer cenário ou situação, no momento, ele precisa avançar, sem olhar a crítica dos que se incomodam com sua chegada, nem dos que se ofendem com sua partida. Um dia ele estará pronto, e quem o conhece precisa ter paciência e sabedoria para entender isso, e oxalá, consigam discernir a jornada dele, e se empenhem para descobrirem também cada um seu caminho evolutivo. E por Deus, entendam, quando ele ficar rico, ou remediado, ele não será obrigado a dar dinheiro para ninguém, senão ele ficará pobre de novo (risos) – Ele ajudará a quem ele quiser, ou a quem ele ver que vale a pena.

Raiz sem frutos, de nada valem… Frutos sem raiz, não existem… O processo é contínuo…

Compartilha aí, mas dê crédito a fonte. O texto é meu, e futuramente quero transmitir em áudio e vídeo esse tipo de trabalho.

Fiquem com Deus, Ele existe, e é Ele quem nos impulsiona para realizar a qualquer propósito, e ao fim de tudo, toda a vontade Dele será cumprida…

Na paz!!

Nilson “Apollo Belmiro” Santos, é um simples cidadão, temente e amigo de Deus, que observa e torce o tempo todo pela evolução da humanidade, mas que não tem muita paciência para perdas de tempo, ou falta de compromisso de cada um para consigo mesmo, nem com quem pensa que a vida e o mundo sejam parques de diversão, ou jardim de infância, e que de vez em quando escreve por aqui.

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