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O Desafio de Superar as Barreiras da Autossabotagem – Por Paulo Siuves

Podemos compreender melhor a Autossabotagem ao examinar casos reais de pessoas
que enfrentaram esse desafio.

Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 08/07/23

Li um texto num perfil de rede social que chamou minha atenção para um problema que
enfrentei com uma das minhas filhas: a Autossabotagem. Um fenômeno complexo e muitas
vezes inconsciente que pode minar nossos esforços e nos manter presos em um ciclo de
autodestruição. A jornada rumo ao sucesso é pavimentada com desafios e obstáculos, mas
muitas vezes, somos nossos próprios inimigos, nos sabotando a nós mesmos nessa caminhada.
Você já se sentiu sabotando a si mesmo? Já deixou de fazer algo que queria ou precisava por
medo, insegurança ou preguiça? Se a resposta for sim, você não está sozinho. A autossabotagem
é um fenômeno complexo e muitas vezes inconsciente que pode minar nossos esforços e nos
manter presos em um ciclo de autodestruição. Vamos conversar e explorar as diferentes formas
de Autossabotagem, seus impactos negativos e estratégias eficazes para superá-la.

A Autossabotagem tem suas raízes em diversas fontes, como baixa autoestima,
apreensão diante do fracasso, traumas passados, insegurança em relação ao sucesso e crenças
limitantes. Os padrões de pensamento negativo e comportamentos autodestrutivos podem se
manifestar de modos variados, desde a procrastinação até o estabelecimento de metas irrealistas.
Essas atitudes podem surgir conscientemente, quando escolhemos prejudicar nossos próprios
interesses, ou inconscientemente, quando agimos automaticamente, sem perceber as
consequências negativas que estamos causando.

Uma forma comum de autossabotagem é a busca pelo prazer imediato em detrimento
dos objetivos de longo prazo. A gratificação instantânea oferecida pelas redes sociais, jogos
online e outras distrações pode consumir nosso tempo e energia, prejudicando nossa
produtividade e comprometendo nosso desenvolvimento pessoal e profissional. Essas escolhas
de curto prazo minam nosso potencial de sucesso futuro, deixando-nos presos em um ciclo de
satisfação instantânea, mas vazio de conquistas duradouras

Podemos compreender melhor a Autossabotagem ao examinar casos reais de pessoas
que enfrentaram esse desafio. Como o exemplo inspirador da minha filha que adorava jogar
online, que mencionei no início do texto. Em vez de dedicar esse tempo a atividades mais
produtivas, ela costumava se envolver excessivamente com esses jogos, o que a levava a perder
oportunidades de aprendizado, crescimento pessoal e realização de tarefas importantes. Essa
procrastinação prejudicou significativamente seu desempenho acadêmico e profissional,
afetando até mesmo a esfera familiar.

A neurociência explica que nosso cérebro está programado para buscar recompensas
imediatas e evitar o desconforto. Portanto, é natural ser atraído por atividades prazerosas no
momento, como passar horas nas redes sociais, assistir a vídeos engraçados ou jogar jogos
eletrônicos, em vez de realizar tarefas mais desafiadoras ou importantes. No entanto, quando
essa busca pelo prazer imediato se torna dominante e interfere nas responsabilidades e metas de
longo prazo, pode levar à autossabotagem. A pessoa pode ficar presa em um ciclo de
gratificação instantânea, negligenciando suas obrigações e sacrificando oportunidades que
poderiam levar ao sucesso e ao bem-estar a longo prazo.

Outra forma insidiosa de autossabotagem é o medo do sucesso. Pode parecer paradoxal,
mas o sucesso pode ser assustador para algumas pessoas. O medo do desconhecido, das
expectativas dos outros e das mudanças que o sucesso pode trazer pode nos fazer recuar e evitar
oportunidades promissoras. Nesses casos, nos colocamos em situações que limitam nosso
crescimento, subestimamos nossas habilidades e nos auto impedimos de alcançar todo o nosso
potencial. Da mesma forma, o medo do sucesso pode se manifestar de modos sutis e
inconscientes. Uma pessoa pode se encontrar evitando oportunidades promissoras, minimizando
suas habilidades ou se posicionando em situações em que é menos provável que obtenha
sucesso, tudo isso como resultado do medo inconsciente das mudanças, responsabilidades e
possíveis julgamentos associados ao sucesso.

A autossabotagem pode ocorrer tanto de forma consciente quanto inconsciente, e as
atitudes autodestrutivas podem se manifestar de maneiras diferentes. Alguns comportamentos
de autossabotagem podem ser deliberados e conscientes, em que a pessoa está ciente de suas
ações e escolhe prejudicar a si mesma. Por exemplo, alguém pode procrastinar intencionalmente
ou se envolver em comportamentos autodestrutivos como automedicação, abuso de substâncias,
ou gastar tempo com jogos online, por exemplo. A busca por prazer imediato, por exemplo,
pode se tornar um hábito inconsciente que prejudica o progresso e o alcance de metas de longo
prazo. No entanto, a autossabotagem também pode ocorrer de forma inconsciente, em que a
pessoa não está plenamente consciente de suas motivações ou das consequências negativas de
seus comportamentos.
O ato de agir contra si mesmo é um obstáculo comum na busca pelo sucesso, mas não
precisa ser uma sentença perpétua. Ao tomar consciência de nossos padrões de autossabotagem,
enfrentar nossos medos e buscar apoio adequado, podemos romper com esses ciclos
autodestrutivos. A estrada para o sucesso pode ser desafiadora, mas, ao superar a
autossabotagem, estaremos um passo mais perto de alcançar nossos objetivos e viver vidas mais

realizadas. A mudança começa dentro de nós, e é hora de desafiar as barreiras internas que nos
impedem de brilhar.

A superação da autossabotagem requer autoconsciência e autocompaixão. É importante
identificar os padrões autodestrutivos em nossos pensamentos e comportamentos, questionar
nossas crenças limitantes e substituí-las por uma mentalidade de crescimento. Ao reconhecer o
medo do sucesso, podemos confrontá-lo e encontrar maneiras de enfrentar os desafios que vêm
com ele. No entanto, é essencial lembrar que, muitas vezes, não conseguimos identificar todas
as causas, gatilhos e hábitos que nos prejudicam sozinhos.

É aqui que entra a importância de buscar apoio profissional. Um psicólogo pode
fornecer um espaço seguro para explorar e compreender melhor os padrões de autossabotagem,
auxiliando no processo de autodescoberta e fornecendo estratégias personalizadas para superar
esses desafios. Ao trabalhar em conjunto com um profissional, você terá um suporte adequado
para quebrar o ciclo de autossabotagem e desenvolver uma mentalidade mais saudável e
construtiva. Compartilhar nossas lutas com pessoas de confiança nos lembra que não estamos
sozinhos nessa batalha e nos encorajamos a buscar mudanças positivas em nossas vidas.

A autossabotagem é um inimigo silencioso que pode nos impedir de realizar nossos
sonhos e objetivos. Mas não precisamos nos resignar a esse destino. Podemos reconhecer e
combater os padrões de pensamento negativo e comportamentos autodestrutivos que nos
sabotam, adotando estratégias eficazes para superá-los. Assim, poderemos liberar nosso
potencial e conquistar o sucesso e a felicidade que merecemos.

(Revisão gramatical por Gabriela Scarpelli – gabriela.faria.letras@hotmail.com)

Paulo Siuves nasceu em julho de 1971 na cidade de Contagem, Minas Gerais, e é bacharel em Letras pela UFMG. Além disso, ele é autor de dois livros e organizador de coletâneas. Atua como servidor público municipal e faz parte da Banda de Música da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte. Paulo Siuves é colunista nos jornais Clarin Brasil e Cultural Rol. Ele possui um Ph.I. em Filosofia Universal e um Dr.H.C. em literatura. Paulo Siuves é ex-presidente e membro fundador da Academia Mineira de Belas Artes (AMBA) e também é membro da Academia de Letras do Brasil nas seccionais Suíça, Minas Gerais (RMBH) e Campos dos Goytacazes/RJ, além de pertencer a muitas outras academias.

As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do Jornal Clarín Brasil – JCB News, sendo elas de inteira responsabilidade e posicionamento dos autores”

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