ENTRE AS LINHAS DO COTIDIANO – por Paulo Siuves

O peso das expectativas paira sobre os ombros dos jovens

_{Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 05/06/23}

Neste turbilhão de dias frenéticos, onde o tempo parece escorregar entre os dedos, há um lugar onde encontro refúgio e inspiração: a crônica. Uma pausa no caos do cotidiano, onde posso desvendar histórias escondidas e refletir sobre a vida que se desenrola ao meu redor.

Nesta manhã, enquanto saboreio meu café na minha xícara preferida, imagino-me sentado em um café acolhedor, observando as pessoas passarem apressadas pela calçada. Fico maravilhado com a capacidade dos pequenos fragmentos de vidas se desdobrarem diante dos meus olhos curiosos, mesmo em meio à correria. Cada rosto conta uma história, uma narrativa única entrelaçada em uma tapeçaria de experiências.

Por meio das palavras que fluem da minha imaginação para as páginas em branco, adentro mundos fantásticos e questiono as complexidades da existência. Em meio a esses pensamentos, lembro-me das narrativas fantásticas do meu filho, que segue os meus passos escrevendo seus próprios mundos. Ele encontra na literatura fantástica um refúgio especial, onde a magia se mistura com as verdades ocultas, revelando-se como uma metáfora para a nossa própria jornada.

Por meio da crônica, posso explorar os desafios da vida escolar e as experiências do ensino médio. Embora tenha abandonado a licenciatura em Letras para me dedicar a outro projeto, ainda tive a oportunidade de observar a jornada e os percalços pelos quais passam os estudantes do ensino médio, agora sob uma perspectiva diferente, a de um futuro professor que agora se tornou passado. O peso das expectativas paira sobre os ombros dos jovens, criando um labirinto onde cada escolha se torna um desafio a ser enfrentado. É nessa encruzilhada que mergulho, trazendo à tona o medo que eles enfrentam, de se perder em um mar de informações e as dúvidas que os acompanham na busca por um futuro incerto.

E em meio a essa reflexão, não posso deixar de levantar questões sobre a sociedade que nos cerca. Questiono a relevância de certas matérias e os padrões engessados do sistema educacional, buscando romper as amarras que limitam e impedem os jovens de trilhar o próprio caminho que escolherem para si. No entanto, em meio às críticas, há uma afirmação que ecoa em meu ser, uma afirmação que transmito ao meu filho diante dos desafios do ensino médio: somos os protagonistas de nossa própria história. Não podemos permitir que as expectativas alheias moldem nosso destino. Com coragem e determinação, podemos buscar nosso propósito além do que nos é imposto.

Enfim! A crônica é minha forma de compartilhar essas reflexões, esses momentos de insight e as perguntas que permeiam minha mente. É uma busca por conexão, por tocar os corações e as mentes daqueles que se aventuram em suas páginas. Então, aqui estou, compartilhando minhas palavras com você, caro leitor do Jornal Clarín. Que entre as linhas da minha crônica, você encontre inspiração para explorar sua própria jornada e questionar o mundo que nos cerca. Que possamos todos escrever nossas histórias com ousadia e autenticidade.

E assim, juntos, desbravemos os mistérios do cotidiano, deixando uma marca duradoura em cada palavra que traçamos. Que a crônica desta semana nos guie nessa dança entre a realidade e a imaginação e que ela possa, de alguma forma, nos inspirar e transformar.

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Paulo Siuves nasceu em julho de 1971 na cidade de Contagem, Minas Gerais, e é bacharel em Letras pela UFMG. Além disso, ele é autor de dois livros e organizador de coletâneas. Atua como servidor público municipal e faz parte da Banda de Música da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte. Paulo Siuves é colunista nos jornais Clarin Brasil e Cultural Rol. Ele possui um Ph.I. em Filosofia Universal e um Dr.H.C. em literatura. Paulo Siuves é ex-presidente e membro fundador da Academia Mineira de Belas Artes (AMBA) e também é membro da Academia de Letras do Brasil nas seccionais Suíça, Minas Gerais (RMBH) e Campos dos Goytacazes/RJ, além de pertencer a muitas outras academias.

As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do Jornal Clarín Brasil – JCB News, sendo elas de inteira responsabilidade e posicionamento dos autores”