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Justiça do Rio Grande do Sul nega pedido de liberdade de Nego Di

De acordo com a justiça, a solicitação ainda será analisada pelo colegiado da Câmara. Em nota, a defesa de Nego Di afirmou que, apesar do pedido ter sido negado, acredita que a justiça entenderá que não é necessário deixá-lo preso no momento.

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) negou, na última segunda-feira (15), um pedido de habeas corpus do influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di. Ele segue preso preventivamente, suspeito de aplicar um golpe de rifa virtual que causou um prejuízo de R$ 5 milhões a pelo menos 370 pessoas.

Na decisão, realizada pelo desembargador da 7ª Câmara Criminal do TJRS, Honório Gonçalves da Silva Neto, o magistrado destaca que o influenciador segue cometendo práticas ilícitas.

“A publicação de tais fatos e a inoperatividade do site tadizuera.com.br, retirado do ar por determinação judicial, não teriam determinado a cessação das atividades criminosas, pois o paciente teria continuado a publicar e veicular marcas e empresas de idoneidade questionável, como empréstimos sem a observância do Código de Defesa do Consumidor e jogos de azar que prometem ganhos estratosféricos”, afirma.

De acordo com a justiça, a solicitação ainda será analisada pelo colegiado da Câmara. Em nota, a defesa de Nego Di afirmou que, apesar do pedido ter sido negado, acredita que a justiça entenderá que não é necessário deixá-lo preso no momento.

“Gostaríamos de informar que, até o momento, apenas a liminar do habeas corpus foi indeferida. Todavia, a defesa de Dilson Alves da Silva Neto (Nego Di) mantém a confiança de que o Poder Judiciário verificará a desnecessidade da prisão preventiva neste momento, considerando os fatos e as circunstâncias do caso. Acreditamos na justiça e estamos certos de que a análise aprofundada do processo demonstrará que a manutenção da prisão preventiva não se justifica”, diz a defesa.

Entenda o Caso


O influenciador e comediante Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, foi preso no último domingo (14) pelo crime de estelionato. A investigação identificou movimentações financeiras na conta do influenciador que ultrapassaram R$ 5 milhões em 2022. Na época, ele realizou uma série de rifas virtuais, mas não entregou os produtos prometidos no anúncio. Ao todo, foram pelo menos 370 vítimas.

O influenciador já havia sido alvo de uma operação do Ministério Público por suspeita de lavagem de dinheiro. A esposa dele, influenciadora fitness Gabriela Sousa, chegou a ser presa na última sexta-feira (12), mas foi libertada após pagar R$ 12 mil em fiança. Ela também foi presa por lavagem de dinheiro.

O sócio de Nego Di na empresa “Tadizuera”, Anderson Boneti, também já foi preso preventivamente. Boneti teve a prisão decretada na Paraíba em 25 de fevereiro de 2023, mas foi solto dias depois.

A “Tadizuera” foi uma loja virtual que ficou aberta por pouco tempo, entre 8 de março e 26 de julho de 2022. Na época, a Justiça determinou que ela fosse retirada do ar.

Nego Di aproveitava os seguidores e o espaço como influenciador para fazer a divulgação dos produtos em seus perfis nas redes sociais. Aparelhos como televisão e ar-condicionado eram anunciados com preços bem abaixo do mercado.

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