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França alerta cidadãos para deixarem o Irã

Paris citou um risco acrescido de escalada militar como a razão para o seu último aviso

O Ministério das Relações Exteriores da França emitiu uma recomendação para que os cidadãos do país deixem o Irã e evitem viajar para lá, “seja qual for o motivo”. O ministério citou “risco elevado de escalada militar na região”.

O aviso veio na esteira do assassinato do líder político do Hamas Ismail Haniyeh em Teerã na quarta-feira. O Irã culpou Israel pelo assassinato, embora Jerusalém Ocidental não tenha confirmado nem negado seu envolvimento.

O assassinato levou a um aumento nas tensões entre Israel e Irã, bem como o Hezbollah baseado no Líbano. Relatos na mídia ocidental sugerem que a retaliação iraniana contra Israel pode ser iminente.

Cidadãos franceses atualmente no Irã foram aconselhados a “sair o mais rápido possível”, disse uma declaração publicada no site do ministério na sexta-feira. Também pediu que as pessoas exercessem “grande vigilância” enquanto estivessem no Irã, “ficassem longe de todas as manifestações” e consultassem regularmente o site da embaixada.

Paris também ordenou medidas de segurança adicionais em locais judaicos por toda a França, citando a ameaça de ataques de “vingança” pelo assassinato de Haniyeh. “O risco de atos serem cometidos é real”, disse o Ministro do Interior Gerald Darmanin.

A França abriga a terceira maior população judaica do mundo, depois de Israel e dos EUA, e também abriga a maior comunidade muçulmana da Europa, de acordo com a AFP.

Na quinta-feira, o New York Times informou que o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, supostamente ordenou um ataque direto contra Israel em resposta ao assassinato do chefe político do Hamas.

A CNN e a Axios relataram na sexta-feira que autoridades dos EUA esperam um ataque iminente contra Israel por Teerã, que também pode envolver o Hezbollah. O Irã prometeu vingar a morte do líder do Hamas, com Khamenei afirmando que Israel seria “severamente punido”.

As tensões entre Israel, Irã e Hezbollah já estavam altas devido à campanha militar em Gaza. Na esteira do ataque surpresa do Hamas a Israel em outubro passado, Jerusalém Ocidental respondeu com uma extensa campanha de bombardeios seguida por uma invasão terrestre de Gaza, que as autoridades de saúde locais alegaram ter custado dezenas de milhares de vidas até agora.

Moscou alertou repetidamente sobre os riscos do conflito de Gaza se transformar em uma grande guerra no Oriente Médio e pediu a todos os lados que exercessem contenção. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia condenou fortemente o assassinato de Haniyeh e alertou que tais ações eram “carregadas de consequências perigosas para toda a região”.

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