Por Jornal Clarín Brasil – 16/01/2020 00h17min
A França quer que serviços de streaming como Netflix e Amazon invistam um quarto de suas vendas no país em produções francesas e européias, mais do que anteriormente foi evocado como parte de uma reforma regulatória.
O governo pretende modernizar um sistema que há muito tempo transmite emissoras e cinemas subsidiar a produção de programas e filmes de televisão locais para incluir empresas de streaming que até agora enfrentavam menos demandas.
O ministro da Cultura, Franck Riester, se reuniu na terça-feira com representantes do setor sobre a reforma, a ser adotada pelos legisladores em abril.
As obrigações das empresas de streaming de investir em conteúdo local estão alinhadas com uma recente diretiva da UE sobre serviços de mídia audiovisual e, de acordo com um documento do ministério visto pela AFP, as empresas de streaming enfrentarão diferentes obrigações de investimento, dependendo do seu conteúdo.
Aqueles que oferecem uma ampla variedade de programação terão que investir pelo menos 16% de suas receitas em conteúdo local – um nível que foi evocado quando a reforma foi anunciada no ano passado.
No entanto, o documento também contém uma taxa não revelada de 25% para sites de streaming que oferecem principalmente séries e filmes de TV, uma categoria que inclui Netflix e Amazon.
Quando ele divulgou a reforma no ano passado, Riester ameaçou ir ao ponto de bloquear sites de streaming que se recusam a cumprir os requisitos de investimento.
A Netflix, em particular, desenvolve conteúdo local há vários anos, com sua primeira grande produção francesa intitulada Marselha, apresentando um dos atores mais conhecidos internacionalmente da França, Gerard Depardieu, que estreia em 2016.